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segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Aquilo que caminha


Eu tenho medos, isso mesmo, medos no plural! Tenho questões mal resolvidas, fraquezas, risadas e choros que me habitam e me constroem desconstruindo. Querem a perfeição e a exatidão das coisas. Mas teimo na utopia que me faz andar, pensar e sonhar com uma realidade diferente. Menos monocromática.  As vezes o peito aperta, coração dispara, cabeça perde o rumo e assim transito entre o suspirar de uma alegria e a “fungada” ansiosa da tristeza.  Eu sou aquilo que caminha. Queria ser mais o agora, tempo presente, me presentear com a sutileza das coisas miúdas e contemplar aquilo que passa despercebido, pendurado no ponteiro do relógio. E que minhas palavras não sejam blábláblá... palavras mortas, mesmo antes do nascer. Que minhas palavras se tornem carne e espírito e que respirem e encontrem no outro e em mim a possibilidade do natural e da mudança.  Eu tenho medos, no plural, mas as alegrias são possibilidades infindas e assim sigo...

E como dizia Heraclito, "a mesma água nunca passa duas vezes por baixo da mesma ponte"

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