Não há como precisar o surgimento da escola sovástica. Mas, teóricos de pouca confiança dizem que seu surgimento antecede ao período de Gutenberg. E que é possível ter havido “sovaquistas” até mesmo na China antiga. Onde começa a história da impressão sobre papel, no final do século II da era cristã. Outro dado que dificulta precisar o inicio da escola sovástica é o fato do Sovaquista (em sua maioria) não assumir ser praticante dessa modalidade literária.
O Sovaquista
O sovaquista tem por hábito, andar em grupos e dissertar sobre temas cabeludos e citar nomes de memoráveis pensadores e escritores clássicos. Passando por Nietzsche (escrevi corretamente?), Ovídio, até chegar a nomes nacionais como José Alencar e Machado de Assis. Não que ele tenha lido toda a coleção das “Grandes Obras dos Pensadores Universais”, ou, “Os Grandes Escritores de todos os Séculos”.
O que caracteriza o sovaquista, é portar ,invariavelmente, livros de grosso calibre, sob o braço e perto do “sovaco”, daí o nome sovaquista. Portar não significa lê-lo. O sovaquista, porta, mas necessariamente não lê. O grande barato do sovaquista é dar uma de intelectual e erudito. O sovaquista fala dos temas cabeludos e desses autores de forma muito ampla, podemos até dizer que superficial. Esse mesmo sovaquista, tem uma forma diferente de se vestir. Não quer ser “comum”. Adora a novela das oito, Big Brother e enlatados. Mas diz achar um absurdo pessoas que vêem esses tipos de programas. Seus gostos são aqueles... dos críticos de cinema e arte.Mesmo que não entenda patavina do que aconteça no filme, na escultura ou no livro. Algumas pessoas os chamam de pseudo-intelectuais. Esses caras são como personagens de histórias em quadrinhos vivendo suas duas facetas. O cara comum que é omitido e um personagem de si mesmo, fantasiado.
Não podemos culpá-los. Afinal o sovaquista, assim como você e eu, só quer ser aceito. Mesmo que para isso ele tenha que negá-lo e continuar a portar seus enfadonhos, ou não, livros sob o sovaco.
Quem nunca andou com um livro de baixo do braço que atire a primeira pedra.
Um abraço a todos que já tenham andado com algum livro no SOVACO...
