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quinta-feira, 6 de agosto de 2009

...

Das cinzas surgiram a vida e da cinza surgiram cores. E do concreto o incrédulo com seu despertar mecânico e autômato. Do passado herdamos o presente. Presente, amarrotado, morimbudo, enfeitado e colorido para disfarçar o odor e o descaso. O futuro ... futuro... talvez, monocromático e débil ou um futuro vibrante. Futuro viscoso, saboroso.

Fruto novo, semeado agora

(Frutu)ro

terça-feira, 21 de julho de 2009

Parábola


Um dia o rei perguntou para seu filho que presente faria ele feliz. Ele respondeu que seria ganhar um reino duas vezes maior que o reino do seu pai. O rei deu uma longa risada, mas ficou com aquilo no pensamento.

Algum tempo depois, juntou seus melhores guerreiros e lutou bravamente para conseguir que seu reino se tornasse duas vezes maior para entregar-lhe ao filho. Quando o menino se tornara rei resolveu que daria um reino três vezes maior do que seu pai lhe havia dado. Despediu-se do seu pequeno e foi à guerra. Anos se passaram e o rei voltou vitorioso da batalha. Quando chegara, uma peste havia dizimado a sua família e seu pobre filho. Então, ele foi à montanha mais alta do reino e se jogou.

Onde ele caíra, nascera uma linda árvore onde as pessoas da região pegavam seus frutos e lembravam dessa história.


quinta-feira, 2 de julho de 2009

Chegar lá

Um homem que seguia a estrada, tinha o pensamento tão obtuso que não enxergava nada a sua volta. Passou por uma linda floresta com belas cores, cheiros e sabores. O homem não viu e nem sentiu nada. Ele apenas olhava e seguia em frente tentando ver aonde “poderia” chegar. Assim foi até chegar a uma ponte que cortava o rio. Parou, limpou o suor da testa e seguiu com seu olhar fixo no horizonte. Quando estava no meio da ponte, ele caiu. Havia ali um buraco nascido pelo tempo, pelos cupins e por aqueles que apenas passavam. Na queda, seus pertences foram levados pelas águas e chegou ao outro lado ensopado e muito raivoso. Culpou a “maldita” ponte e seguiu em frente mais obtuso ainda.

Então pergunto:

Quanto desse homem nos temos? Quantas vezes não enxergamos o que esta a nossa volta? Quantas vezes culpamos os outros ou algo quando nós mesmos somos os causadores por “cairmos” da ponte? E se caímos. Aprendemos algo? De quantas pontes precisamos para pararmos de olhar somente para frente?

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Piada pronta 3 (juro que é a ultima)

Atenção!! Atenção!! Empresários asiáticos do ramo automobilístico estudam mercado brasileiro e querem saber:


Você que lê agora esse blog, prefere entrar numa Chana ou sentar num Picanto?





*Deixe sua resposta nos comentários para analise dos dados.

Piada pronta 2 (possíveis slogans, rs)

Picanto

Maior do que você pensa

Quem senta em um nunca esquece

Do tamanho certo para você


O pequeno que satisfaz


Tamanho não é documento

Piada pronta 1


Esse anuncio, é pra você que sempre quis ter uma Chana e não podia


Passe numa revenda perto de sua casa e faça um teste drive na Chana que você escolher... Chana de vários tamanhos!! Não perca essa oportunidade.


Meu sonho era ter uma... Menina! Tô, arrasando com a minha Chana nova.

Paloma Paris


quinta-feira, 28 de maio de 2009

Hemerocallis flava


Flores de verdade morrem em poucos dias. Por isso comprei essas de plástico...

Nesses dias velozes de produtos e relações descartáveis. Deveria ser interessante ouvir de alguém: comprei esse aqui porque é mais durável. Mas foi duro ouvir a frase com que abro este texto. Mas fazer o que? Afinal, essas flores são praticas: não precisam regar todos os dias (pra falar a verdade, nunca), não tem que fazer podas e no humilde e despretensioso vaso, não terá a presença do famigerado e até popular, Aedes egyptus. Elas não irão ressecar, perder a cor, não terão abelhas a sua volta e o que melhor pra você que sofre de renite: elas não tem cheiro de flor!! Tcharam!!! E tem mais! Você quando compra algumas flores dessas. Gera trabalho pra inúmeros chinesinhos semi escravos lá no outro lado do mundo. Pois é... quantos predicados. Só lhe falta uma coisinha: ser de verdade. Mas nesses tempos tão rápidos, cheios de som e fúria como diria aquele artista “contemporâneo”, Willian Shakespeare. Ser verdadeiro é muito “casual”. Quem tem tempo pra ser verdadeiro? Quem tem tempo para ser ele mesmo? Além do mais, os fins justificam os meios.

Você e eu estamos cheios de verdades emprestadas. Alterar-se só por que alguém prefere uma flor de plástico ao invés de uma que faça fotossíntese?! Se o cara ainda fosse biólogo, botânico...

Chega!! Vou comprar agora mesmo um ”BOM” livro de auto-ajuda. Daqueles que nos “ensinam” ou “adestram” a fazer algo que já sabemos ou quase impossível que esta na moda no momento. Depois, vou criar um perfil falso num desses sites de relacionamento, um avatar melhorado de mim para “entretenimento” online e viver feliz para sempre. Assim como nos contos de fadas que adorava ouvir num passado não tão longínquo assim.

* Hemerocallis flava: Lírio

sexta-feira, 8 de maio de 2009

terça-feira, 28 de abril de 2009

Visionário do Óbvio (achei importante colocar esse comentário de um amigo)

O que nem Marx esperava é que os bancos quebrariam não pela inadimplência da classe trabalhadora, mas pela própria ganância burra do setor financeiro que dilui o dinheiro até virar fumaça.

Para mim fica cada vez mais evidente que aqueles a quem chamamos visionários são os que têm a coragem básica para enxergar o óbvio afinal.

Agora, por que esperamos a tragédia para só então fazer algo a respeito, isso ninguém ainda conseguiu explicar...


Cesar Volpe

segunda-feira, 30 de março de 2009

Novidade...

"Os donos do capital vão estimular a classe trabalhadora a comprar bens caros, casas e tecnologia, fazendo-os dever cada vez mais, até que se torne insuportável. O débito não pago levará os bancos à falência, que terão que ser nacionalizados pelo Estado".

Karl Marx, in Das Kapital, 1867.

sexta-feira, 6 de março de 2009

Até que a morte..

Personagens:

Fernando

Marisa

(Num restaurante, onde o casal comemora seu quarto aniversário de casamento)

Fernando – É Amor. Quatro anos de casados... Como o tempo passa rápido né?

Marisa – É verdade. Parece que foi ontem que sai da igreja.

Fernando – Eu também... Ah. Que tal falarmos do nosso casamento hoje, hem?

Marisa – Falar o que? Eu quero é comemorar! Eu não tenho nada para dizer amor.

Fernando – Nadinha?

Marisa – Não... não.

Fernando – Anda, pode falar. (enfático) Vai fala! Fala alguma coisa. Pode ser até alguma coisa que te incomode na nossa relação, eu não vou ficar chateado.

Marisa – Não mesmo?!

Fernando – Claro que não. Pô! Nós somos um casal bem resolvido.

Marisa – Olha que eu falo. Hein.

Fernando – Duvido.

Marisa – Tá bom! Eu falo.

Fernando – Tô esperando.

Marisa – Fê, sabe uma coisa que me incomoda bastante.

Fernando – Vai fala.

Marisa – Você peida dormindo. (ri)

Fernando – Eu o que?

Marisa – Peida à noite... dormindo.

Fernando – Péra ai! Que palhaçada é essa? Você esta pegando pesado. Posso ter muitos defeitos mas... fazer isso eu não faço. É uma baita falta de educação.

Marisa – Mas faz. E não é pouco, você...

Fernando – Pode parar! (ri) Já me toquei. Você esta brincando né? Quer me ver nervozinho... Danadinha. (tenta abraça-la)

Marisa – Não. É verdade.

Fernando - Como verdade?

Marisa – Já disse! Que você peida à noite!

Fernando – Até parece...

Marisa – E fede viu!

Fernando – Poxa! Isso é coisa que se fala num aniversário de casamento Marisa.

Marisa - Eu não ia falar nada, você que pediu.

Fernando – Mas eu só falei, por falar.

Marisa – Eu também. Você falou que não iria se incomodar.

Fernando – Quer dizer que se eu mandar você tirar a roupa aqui na frente de todo mundo você tirar. É?

Marisa – (olha para o publico) Eu não. Não tem ninguém interessante aqui. (ri)

Fernando – Falar dos outros é fácil. E a senhora que mija de porta aberta.

Marisa – O que, que tem isso? É só eu e você em casa.

Fernando – E daí?

Marisa – Nós somos íntimos o suficiente para deixar a porta do banheiro aberta.

Fernando – Pra mim isso não é intimidade coisa nenhuma! Chega a ser falta de educação, higiene, sei lá.

Marisa – E dividir seus peidos fedorentos debaixo dos lençóis, pode ser chamado de intimidade?!

Fernando – Eu não disse isso!

Marisa – Mas é que parece!

Fernando – Nossa! Como você esta azeda hoje!?

Marisa – Azedo é o cheiro que fica nos lençóis Fernando! Quando nós casamos e o padre falou que deveríamos dividir a coisas... na pobreza, na tristeza. Mas não me lembro de ele ter falado de dividir esse tipo de coisa!

Fernando – Ah é! Eu me casei com uma mulher perfeita. Outro dia... eu peguei você lavando sua calcinha na pia da cozinha. E ai?! O que você me diz agora?

Marisa – Eu...eu, estava gripada e não ia pegar friagem na área de serviço! E tinha uma certa pessoa no banheiro a quase duas horas!

Fernando – Então resolveu lavar suas roupas intimas na pia da cozinha!?

Marisa – É que a água lá é aquecida. Estava doente!! Que saco!

Fernando – Pô! Mas é lá que você faz o que a gente come, Poxa!

Marisa – E o que vai dentro da calcinha você também não come a mais de quatro anos? Hum?

Fernando – Mas não é assim...

Marisa – Assim... assim. Você é muito certinho pro meu gosto! Um cara que peida e ronca à noite quer ficar botando banca agora!

Fernando – Agora eu também ronco?! Certinho eu? Então espera...

(Levanta-se pega um talher e bate num copo querendo chamar a atenção das pessoas)

Marisa – Que você vai fazer?

Fernando – Espera. (se vira e começa a falar alto, para que todos possam ouvir) Pessoal, eu e essa mulher aqui do meu lado, estamos comemorando quatro anos de casados. E queremos saber dos presentes aqui, o que é pior: Peidar na cama? Ou lavar a calcinha na pia da cozinha?

(Marisa puxa Fernando)

Marisa – Enlouqueceu, é!! Quer me matar de vergonha!

Fernando – Você não falou que eu era certinho! Se eu fosse tão certinho assim não teria feito isso.

Marisa- Você é louco! Eu estava falando de outras coisas. Ai!... Vamos embora daqui, vamos...

Fernando – Eu não. (deboche) Estou muito bem aqui.

Marisa – Então eu vou. (ameaça a sair da mesa)

Fernando – É sempre assim mesmo. Sempre fugindo dos problemas!

Marisa – Se fosse assim eu não tinha me casado com você!

Fernando – Agora quem quer embora sou eu! Garçom a conta!

Marisa – Idiota, nós não pedimos nada ainda!

Fernando – Agora já tenho o que pedir!

Marisa – O que? Vai fala peidorreiro mor! Fala o que você quer?

Fernando – O fim do nosso casamento.

Marisa – Graças a Deus! É primeira vez que vejo você tomar uma atitude! Nem precisou eu te dar uma empurradinha!

Fernando – Vamos.

Marisa – No mesmo carro que você! De jeito nenhum!

Fernando – Vai de ônibus então!

Marisa – É a ultima vez que entro num veículo que tenha a graça da sua pessoa. Vamos. (começam a sair) Mas olha aqui! O apartamento é meu!

Fernando – Seu o escambau! Eu que dei a entrada!

Marisa – Meu querido... quem pagou o restante fui eu!

Fernando – Mas não é bem por ai não!

Marisa – Se quiser pode ficar com aquele vira-lata!

Fernando – Vira-lata não! O Zeca tem pedigree!

Marisa – Igual o dono!

Fernando – Por que as pulgas ficaram com a dona!!

(Marisa da um tapa na cara de Fernando, black-out)