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quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Tic-tac


Ontem, olhando o rosto de minha mãe, pude ver as marcas do tempo ali estampadas. Nu, cru e presente. Revelando, ali, um passado. Pensei nela alguns anos atrás. Sem tintura no cabelo, sem aquelas marcas na testa e ao lado dos olhos. Pensei também em mim a tempos atrás querendo que o dia passasse rápido. O tempo urge. Pra minha mãe, pra mim, pra você. O problema esta no como lidamos com ele. Sinto o tempo jogando seu feitiço e aos poucos levando as horas dos meus dias. O dia passa tão rápido que muitas vezes me sinto como expectador. Uma lacuna de coisas a fazer e concretizar. Me falta ar... me falta leitura... me falta conversa... me falta prazeres... me falta fazeres... e o relógio bate. Bate a vontade de pedir uma pausa para poder gozar, fazer uma banana para os ponteiros e pedir colo ou calor.