Aqui ao lado os carros passam quadrados como a janela E a luz se cala nessa cortina crua O deslizar do lápis é seco como o ar Escrevo... apago... , mas pensamento grita! Então, rabisco desenhos e frases desconexas, afim de calar o meu silêncio Mas ele grita, urra e os carros... os carros...em malditos intervalos, mínimos, passam pela janela ... rabisco a madrugada e ela engole o dia e o grafite e a frase final dessa escrita vira estrela por trás da cortina
Te olhei e te vi alí... distante flor na cúpula Tempos idos e sem a cúpula senti seu perfume e te mirei novamente E com (ou sem) explicação, com espinho ou não... coração meu , corou tão vermelho como a flor Tentei rega-la e ensopeia, tentei pega-la e furei-me, tentei ama-la ... tentei ser ... seiva Mas sou terra bruta sem substância
Tenho solidões avulsas e emprestadas.
Então se deu o fim daquilo que nem chegou a acabar e de um contrato, sem trato e agora sem cor, ficou o sabor das possibilidades perdidas.
segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013
Da tarde, trago a lembrança de um amanhecer anoitecido